quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A arte da imaginação

Abri os olhos e lá estava o pianista, não sei como, mas ele conseguia não se perder em meio aquelas inúmeras teclas brancas e pretas que compunham o seu mais precioso bem.
Estava ele com um traje que era a perfeita combinação com o instrumento, hora chegava ate confundir com um só, não sou louco, a verdade é que não pareciam ser dois.
Hora ele tocava com sutileza, tranquilo, e o seu rosto me passava isto, outrora se agitava, tocava com força, também pude ler isto em seu semblante, como numa infinita viajem um solitário viajante. Mesmo quando não parecia tocava com o coração, me atrevi e coloquei a letra em sua melodia, a chamei de minha canção, e assim vou me tornando compositor, em parceria com a lua, o mar, o sol, o ar, o que se cruza em minha vista, também roubando daqui e dali os solos do pianista, nesse mundo tão esperto, temos que ser artista.
Foi simplesmente isto, um sono leve e tranquilo, de uma noite que seria agitada ao som dos sapos e dos grilos que minha mente transformou daquilo o piano e o pianista, na vida mesmo sem querer temos que ser O artista.

3 comentários:

  1. Muito bom. Muito bom! Já to vendo um livro aí pela frente. ;) Obg. por compartilhar.

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  2. Grande...
    Gostei muito. Vamos juntos, sendo "artistas"
    Abraço.

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  3. Esse Romerito tá me surpreendendo... E como diria o nosso amigo Alcides... "O artista nunca morre"...

    Estamos juntos nessa...

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