quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O segredo

Pensava, pensava, pensava no que não queria pensar e sofria.
Sofria a dor da perda.
Chama!
Ele não vem.
Sofria, sofria a dor de esquecer esse alguém.
Amava, como nunca amou ninguém.
Mas, se esse amor me faz sofrer não é amor, não pode ser.
Vou esquecer.
Amor recíproco nunca conheci, tentei e errei.
Mas não vou procurar, ele é quem vai me encontrar.
Vou te contar um segredo.
Esse é o segredo de amar!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Histórias de avó

Cheiro do café quente no bule, panela que assovia marcando a hora pra comida não queimar,
o leite de vaca como antigamente, pão e manteiga de garrafa, e um jantar com cheiro do sítio da família.
O sítio dos milhos colhidos no São João, da brasa da fogueira às 5 da manhã, das carreiras no terreiro o dia inteiro, da gritaria das crianças a brincar.
Vivi uma infancia que não era minha, infancia agora na lembrança que foi de minha avó, da época  que computador não existia, da época que as histórias não eram novelas, eram folhetos de poesia.
Tenho saudade da infancia dela, dos momentos que eu nem vivi, mas que tenho guardado na memória tantas histórias que ela contava pra eu dormi, histórias que escutei milhões de vezes, que ainda escuto sabendo o final, ai só faço sorrir.
História da pedra mimosa e ditosa, do pássaro assustador, história do pavão misterioso, que eu escutava e dava gosto, e quando acabava eu não satisfeito pedia de novo.
Ria do sorriso dela, e quando me contava as histórias via sua satisfação, pois vivia tudo de novo, revivia tudo com emoção.
Os cabelos estão mais brancos, as capas dos livros cobertos de pó, o livro que ela nem pega mais, pois já sabe as hitórias de có, história que eu nunca me esqueço, histórias de minha avó.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Assim é ela

Ela sempre sorri, só não sei como consegue.
Vive acertando os erros, e sempre ainda se atreve.
Vive no mundo da interrogação, onde nem o coração decide o caminho dela.
As horas passam, os dias correm e ela parada está, parada e sempre sorrindo.
Desajeitada, toda menina, esperta no ataque, na defesa nunca foi tímida. Menina de salto e vestido, das que nuncam pedem a rima.
Quando passa ele olha, se ela percebe ele disfarça, olha o espelho, arruma o cabelo pra nunca perder a graça. Ele nunca ameaça, espera tentando ser paciente sua exclamação, o mundo que ela vive eu já disse é o mundo da interrogação.
 Ele fica bravo, ela finge que fica, quando ela olha o desarma deixado-o todo sem graça.
Sorriso de canto de boca, chamas e brilhos no olhar, quem errou não importa o que importa agora é amar.
Quando longe sentem saudades, inexplicáveis a ele e a ela, mas se juntos irão ficar isso só quem pode afirmar é o pobre coração dela. Assim é ela.