sábado, 12 de fevereiro de 2011

Histórias de avó

Cheiro do café quente no bule, panela que assovia marcando a hora pra comida não queimar,
o leite de vaca como antigamente, pão e manteiga de garrafa, e um jantar com cheiro do sítio da família.
O sítio dos milhos colhidos no São João, da brasa da fogueira às 5 da manhã, das carreiras no terreiro o dia inteiro, da gritaria das crianças a brincar.
Vivi uma infancia que não era minha, infancia agora na lembrança que foi de minha avó, da época  que computador não existia, da época que as histórias não eram novelas, eram folhetos de poesia.
Tenho saudade da infancia dela, dos momentos que eu nem vivi, mas que tenho guardado na memória tantas histórias que ela contava pra eu dormi, histórias que escutei milhões de vezes, que ainda escuto sabendo o final, ai só faço sorrir.
História da pedra mimosa e ditosa, do pássaro assustador, história do pavão misterioso, que eu escutava e dava gosto, e quando acabava eu não satisfeito pedia de novo.
Ria do sorriso dela, e quando me contava as histórias via sua satisfação, pois vivia tudo de novo, revivia tudo com emoção.
Os cabelos estão mais brancos, as capas dos livros cobertos de pó, o livro que ela nem pega mais, pois já sabe as hitórias de có, história que eu nunca me esqueço, histórias de minha avó.

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