Simples assim,
Em um dia que o céu chorava tentando lavar as lágrimas que derramei no dia anterior e eu não sabia mais o que fazer pra ele entender que as lágrimas que derramei as últimas usei para lavar as primeiras.
Simples como estar sentado num banco improvisado debaixo de um velho telhado nos fundos da casa do amigo que está ao meu lado. Com o violão em seu colo cantava, e eu pensava, e eu ainda escrevia o que pensava, mas quando não gostava simples assim eu rasgava, não desistia, rasgava e logo recomeçava.
O violão agora se calou, mas sua voz continuou, eu simples assim parei e o escutei e ele sem dizer entendi o que sentia, por trás da fumaça ele gritava, gritava que existia. Como era difícil escutar a verdade, pois sem medir as palavras ela simples assim o dizia.
Agora eu não mais escrevia agora eu lia, ele parou de cantar, só olhava e ria, aceitava a verdade, mas não a entendia, entender pra que? Se for pra morrer que seja outro dia.